Por Que Astronautas Precisam de Macas Após Viagens Espaciais? Entenda as Mudanças no Corpo
A mudanças no corpo de astronautas são um dos principais desafios enfrentados após longas estadias no espaço. A microgravidade impacta significativamente a saúde humana, tornando necessário o uso de macas durante o resgate após o pouso. Assim sendo, entender essas transformações é essencial para garantir a segurança e o bem-estar dos tripulantes.
O Impacto da Microgravidade no Corpo Humano
No espaço, a ausência de gravidade altera completamente o funcionamento do corpo humano. Por exemplo, os ossos perdem cerca de 1,5% de sua densidade a cada mês, tornando-se mais frágeis e suscetíveis a fraturas. Isso ocorre porque o organismo entende que não precisa manter estruturas ósseas tão resistentes sem o peso constante pressionando contra o solo. Além disso, os músculos também sofrem atrofia acelerada, já que não precisam fazer esforço contra a gravidade.
Redistribuição de Fluidos e Alterações na Visão
Outro efeito notável da microgravidade é a redistribuição dos fluidos corporais. Na Terra, a gravidade mantém os líquidos predominantemente na parte inferior do corpo. No espaço, eles se deslocam para a parte superior, causando rostos inchados, conhecidos como “moon face”. Essa mudança também pressiona os olhos, levando a alterações na visão que podem persistir mesmo após o retorno à Terra. Portanto, essa adaptação é uma preocupação médica significativa.
Dificuldades Físicas ao Retornar à Terra
Quando os astronautas retornam à gravidade terrestre, seus corpos precisam reaprender a funcionar sob condições normais. Nos primeiros momentos após o pouso, muitos apresentam tonturas, náuseas e dificuldade para se mover. Assim sendo, o transporte em macas faz parte do protocolo de resgate para garantir a segurança dos tripulantes. Mesmo sem incidentes durante a reentrada, a adaptação inicial à gravidade pode ser extremamente desafiadora.
Reabilitação Pós-Missão
O processo de recuperação física completa dura, em média, 45 dias. Durante esse período, os astronautas realizam exercícios específicos para recuperar força muscular e resistência óssea. Além disso, passam por uma reabilitação supervisionada por uma equipe médica especializada. Como afirmou Scott Kelly, ex-astronauta da NASA, “é como aprender a andar novamente”. Dessa forma, o corpo precisa de tempo para readaptar-se às condições terrestres.
O Caso de Sunita Williams e Barry Wilmore
Sunita Williams e Barry Wilmore, da NASA, passaram nove meses na Estação Espacial Internacional (ISS) devido a complicações com a cápsula CST-100 Starliner, da Boeing. Após sucessivos adiamentos, eles finalmente retornaram à Terra a bordo da Crew Dragon da SpaceX. O caso destacou a importância de sistemas confiáveis para transporte espacial e chamou a atenção para os desafios enfrentados pelos astronautas durante missões prolongadas.
Conclusão: Mudanças no Corpo de Astronautas
As mudanças no corpo de astronautas após viagens espaciais são profundas e exigem cuidados especiais. Desde a perda de densidade óssea até a redistribuição de fluidos, os efeitos da microgravidade demonstram a complexidade da exploração espacial. Com isso, o transporte em macas e a reabilitação pós-missão são medidas essenciais para garantir a saúde e o bem-estar dos tripulantes. Assim sendo, o futuro das viagens espaciais dependerá de avanços tecnológicos e médicos para mitigar esses desafios.