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MDS aciona PF para investigar repasses de ONGs ligadas a dirigentes do PT em São Paulo

O Ministério do Desenvolvimento Social acionou a PF para investigar repasses a ONGs ligadas ao PT, acusadas de não entregar refeições contratadas com recursos públicos.

4 meses ago 27
Sede do Ministério do Desenvolvimento Social, em Brasília | Foto: Reprodução

O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) acionou a Polícia Federal (PF) e órgãos de controle nesta quinta-feira, 1, para investigar repasses de recursos públicos destinados a ONGs contratadas para distribuir refeições em São Paulo. Segundo denúncias, entidades ligadas a parlamentares do PT não estariam cumprindo os contratos com o Governo Federal, que previam a entrega de quentinhas.

A ONG em questão, dirigida por um ex-assessor de deputados do PT, tem um contrato de R$ 5,6 milhões com o MDS, comandado pelo ministro Wellington Dias. De acordo com reportagem do jornal O Globo, a entidade repassou verbas para outras ONGs administradas por atuais e ex-dirigentes de gabinetes do PT. No entanto, os locais indicados como sedes das cozinhas solidárias não apresentavam sinais de produção ou entrega de marmitas.

A ONG é liderada por José Renato Varjão, ex-assessor do deputado federal Nilto Tatto (PT-SP) e do deputado estadual Ênio Tatto (PT). O contrato previa a entrega de 4.583 refeições por mês, mas Varjão subcontratou outras ONGs para a produção e distribuição das marmitas, entre elas a Cozinha Solidária Madre Teresa de Calcutá, administrada por Paula Souza Costa, ex-assessora do ex-vereador Arselino Tatto (PT).

O MDS informou que acionou a Rede Federal de Fiscalização, que inclui a Controladoria-Geral da União (CGU), a Advocacia-Geral da União (AGU) e a PF. Além disso, a pasta realizará uma reunião com a CGU para fortalecer a fiscalização dos recursos públicos.

Deputados do Novo solicitaram ao Tribunal de Contas da União (TCU) a abertura de uma investigação sobre os repasses financeiros, além de uma medida cautelar para suspender os pagamentos à ONG. O deputado federal Sanderson (PL-RS) também apresentou um pedido de investigação à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao TCU, alegando possível desvio de recursos públicos.