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El Salvador oferece megapresídios para receber presos dos Estados Unidos

El Salvador propôs aos EUA receber presos americanos e estrangeiros em seus megapresídios. A iniciativa visa abrigar criminosos de gangues como MS-13 e Trem de Aragua.

4 meses ago 30
Presidente de El Salvador, Nayib Bukele. | Foto: Divulgação Redes Sociais

O governo de El Salvador apresentou uma proposta aos Estados Unidos para receber presos americanos e estrangeiros atualmente detidos no país. A oferta foi anunciada na segunda-feira, 3, pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, destacando que o presidente salvadorenho Nayib Bukele ofereceu os megapresídios do país para abrigar criminosos condenados nos EUA, incluindo cidadãos americanos e imigrantes legais.

Se aprovado, o acordo será o primeiro do tipo na história, permitindo que um país democrático transfira seus presos para o sistema penitenciário de outra nação. A proposta de Bukele tem como foco principal criminosos ligados a organizações como MS-13 e Trem de Aragua, gangues de origem latino-americana com forte atuação nos Estados Unidos.

“Qualquer imigrante ilegal nos EUA que seja um criminoso perigoso — MS-13, Trem de Aragua, o que for — ele ofereceu suas prisões”, declarou Rubio, ressaltando a aliança de Bukele com o ex-presidente Donald Trump.

El Salvador ganhou destaque internacional por seu rigoroso programa de segurança, que inclui um regime de exceção com mais de 83 mil prisões sem ordem judicial desde 2022. O principal símbolo dessa estratégia é o Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT), a maior prisão da América Latina, localizada em Tecoluca, a 75 km da capital San Salvador. A unidade, projetada para 40 mil detentos, já abriga cerca de 15 mil membros de gangues.

Embora o plano de segurança de Bukele tenha reduzido drasticamente os índices de homicídio no país, ele tem sido criticado por grupos de direitos humanos devido às condições precárias nas prisões, incluindo superlotação, falta de saneamento e acesso limitado a água potável.

Apesar das críticas, a proposta de Bukele pode atrair a atenção do governo americano, especialmente no contexto de combate ao crime organizado e controle da imigração.