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Derretimento Recorde: Gelo nas Regiões Polares Atinge Menor Extensão da História

Estudo alerta que o gelo nas regiões polares atingiu a menor extensão já registrada, ameaçando ecossistemas e comunidades. Entenda as causas e consequências.

3 meses ago 9
Foto: Reprodução

Gelo Polar: O Derretimento Recorde e Suas Causas

O NSIDC confirma que o gelo no Ártico e na Antártida atingiu sua menor extensão desde 1979. A frase de foco deste artigo é: “Gelo polar derretimento recorde”. O Ártico aquece três vezes mais rápido que o resto do planeta, com temperaturas 4°C acima da média histórica em 2023. Esse aumento acelera o derretimento, criando um efeito dominó global.

Por que o Derretimento Acelerado Preocupa?

O derretimento polar é impulsionado por emissões de CO2 e feedbacks climáticos. Quando o gelo desaparece, oceanos escuros absorvem 90% mais calor que superfícies brancas, amplificando o aquecimento. “É um ciclo vicioso que pode levar a mudanças irreversíveis”, explica Jennifer Francis, climatologista da Universidade Columbia. Além disso, incêndios florestais no Ártico em 2023 liberaram 244 megatons de CO2, agravando a crise.

Impactos na Vida Selvagem e Comunidades

A redução do gelo polar ameaça animais como ursos polares, que dependem do gelo para caçar focas. Por exemplo, na Groenlândia, comunidades Inuits relatam dificuldades para manter tradições de caça. Além disso, o derretimento do permafrost libera metano, um gás 25 vezes mais potente que o CO2. “Até 2050, 70% das infraestruturas árticas podem ser danificadas pelo degelo”, alerta um estudo da Nature.

Projeções para o Gelo Polar

Segundo o IPCC, o Ártico pode ter verões sem gelo até 2030 se as emissões não forem reduzidas. Como resultado, o nível do mar pode subir 1 metro até 2100, afetando 200 milhões de pessoas em áreas costeiras. No entanto, apenas 50% dos países do G20 têm políticas concretas para zerar emissões até 2050.

Geopolítica e o Futuro do Ártico

A crise polar abre rotas marítimas como a Passagem do Noroeste, reduzindo em 40% o tempo de viagem entre Europa e Ásia. Por outro lado, Rússia, EUA e China disputam recursos minerais estimados em US$ 30 trilhões no subsolo ártico. “A região é um barril de pólvora geopolítico”, afirma John Kerry, ex-secretário de Estado dos EUA.

Soluções para Conter o Derretimento

Cortar emissões de carbono é urgente. A Agência Internacional de Energia projeta que energia renovável precisa quadruplicar até 2030. Além disso, tecnologias como captura de carbono e reflorestamento podem ajudar. Por exemplo, a Islândia já utiliza usinas geotérmicas para reduzir emissões em 85%. “A humanidade tem a ciência e os recursos; falta vontade política”, conclui Eric Rignot, glaciologista da NASA.

Como Indivíduos Podem Contribuir?

Pequenas ações fazem diferença:

  • Reduzir consumo de carne vermelha (14,5% das emissões globais vêm da pecuária);
  • Apoiar políticas climáticas e empresas com metas de ESG;
  • Participar de iniciativas como o movimento Fridays for Future.

Para aprofundar: – NSIDC – Dados sobre Gelo PolarRelatórios do IPCCNASA – Mudanças Climáticas